Remédios ficarão mais caros a partir de terça-feira, 1º de abril

Remédios ficarão mais caros a partir de terça-feira, 1º de abril

legenda: Novos preços máximos podem ser repassados aos consumidores em cerca de dez dias

Fonte da Foto: Internet Ilustrativa

Os consumidores devem encontrar medicamentos cerca de 3,8% mais caros nas farmácias a partir de meados de abril. O encarecimento ocorre devido ao reajuste anual nos preços máximos dos remédios definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).

O reajuste ainda será oficializado pela Cmed e começa a valer a partir de 1º de abril. O diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola, destaca que o aumento deve ter impacto menor que nos anos anteriores.

“O aumento vai ficar em torno de no máximo 3,8%. As farmácias apenas repassam esse reajuste, que é uma negociação entre o governo e a indústria farmacêutica. As farmácias não têm poder de definir o percentual”, explica.

O percentual não é um aumento automático nos preços, mas sim o reajuste do preço máximo permitido dos produtos. O aumento varia conforme os remédios, divididos em três níveis conforme a concorrência.

Embora o novo preço máximo já comece a valer no início de abril, os consumidores ainda podem encontrar os preços 'antigos' por cerca de dez dias.

“As farmácias vão operacionalizando e reajustam os preços depois de dez, quinze dias da publicação. Isso deve ocorrer do meio de abril. Há um compromisso com o consumidor de manter um pouco mais, até como uma forma de atrair o consumidor”, aponta Maurício Filizola.

Mesmo que o reajuste seja abaixo da inflação, há impacto significativo para os consumidores de baixa renda, aponta o economista Ricardo Coimbra, professor da Universidade de Fortaleza.

“No caso de aposentados, com um nível de renda relativamente menor, há um reflexo na situação orçamentária, porque haver renúncia do consumo de outros produtos para comprar medicamentos”, explica.

O especialista ressalta que os medicamentos de uso obrigatório são itens essenciais, que não podem ser substituídos ou reduzidos. “Em alguns casos você tem substitutos, remédios genéricos, mas ainda sim precisa fazer uma organização para reestruturar o orçamento e manter essa compra”, avalia.

MENOR REAJUSTE DOS ÚLTIMOS ANOS

Se confirmado, o reajuste em 3,8% será o menor desde 2018, ano em que o teto do preço dos medicamentos aumentou em média 2,4%. Os maiores reajustes dos últimos anos ocorreram em 2021 e 2022, de 10,08% e 10,89%, respectivamente.

Em 2024, a negociação entre a câmara regulatória e representantes da indústria farmacêutica resultou em um encarecimento de 4,50%. (Com informações do Diário do Nordeste)

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