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Jornal O Victoriano de Avaré - Projeto plantará 90 mil mudas nativas até o final de 2022 em cidades da região

Projeto plantará 90 mil mudas nativas até o final de 2022 em cidades da região

Projeto plantará 90 mil mudas nativas até o final de 2022 em cidades da região

legenda: A ação é desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e ganhou o nome de “Corredor Caipira – Conectando Paisagens e Pessoas”.

Fonte da Foto: Rafael Bitencourt

Um projeto da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) tem o objetivo de implantar 45 hectares de florestas e agroflorestas com mais de 90 mil mudas até o fim de 2022. A ideia é formar corredores agroecológicos para minimizar os impactos da diminuição florestal e do isolamento de espécies animais em diferentes municípios do interior paulista.

A ação é desenvolvida em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e ganhou o nome de “Corredor Caipira – Conectando Paisagens e Pessoas”. De acordo com o coordenador do projeto, o professor Edson José Vidal da Silva, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) em Piracicaba (SP), a iniciativa terá atividades focadas na conservação da fauna e da flora no território que abrange, diretamente, as cidades de Piracicaba, São Pedro, Águas de São Pedro, Santa Maria da Serra e Anhembi.

Outros 13 municípios serão beneficiados indiretamente. São eles: Avaré, Analândia, Bofete, Botucatu, Charqueada, Corumbataí, Guareí, Ipeúna, Itatinga, Itirapina, Pardinho, Rio Claro e Torre de Pedra.

"Estamos buscando informações dos locais de abrangência do projeto e, assim, usaremos as melhores áreas para a implementação dos corredores, considerando ambientes culturais, sociais e políticos da região, para a construção dos mapas dos corredores", explicou o professor.

CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES  - Os pesquisadores do projeto explicam que o processo de desmatamento tem levado à redução florestal e ao isolamento de animais existentes entre esses fragmentos, especialmente na região de Piracicaba, marcada pelo cultivo da cana-de-açúcar.

Esse isolamento dificulta a mobilidade da fauna e, com isso, a preservação dessas espécies de animais é comprometida. Pensando na conservação dessas espécies florestais nativas, o projeto prevê a preservação genética de 20 dessas espécies, por meio da implantação de um banco ativo de germoplasma - nome dado ao conjunto de material genético de uma espécie, transmitida de geração para geração.

Assim, haverá conservação e melhoramento genético. "A conservação dos ambientes naturais ainda existentes não são suficientes para a conservação da biodiversidade local, especialmente das espécies raras. Por isso a importância da conservação genética dessas espécies", declarou o coordenador do projeto.

De acordo com o professor Vidal, no planejamento estão previstas estas 20 espécies, para caso não consigam quantidade de matrizes adequada, pois são necessárias sementes de no mínimo 30 árvores por espécie para manter a variabilidade genética.

PROJETO E COMUNIDADE - Para que os corredores se estabeleçam e se espalhem pelo território, será trabalhado o engajamento de pessoas, comunidades e instituições por meio da educação ambiental e da articulação permanente de políticas públicas para a agroecologização local.

As florestas e agroflorestas implantadas pelo projeto servirão como “áreas escolas”, unidades demonstrativas compostas por diferentes formas e modelos de restauração e adequação ambiental das propriedades rurais. Esses diferentes modelos, além de cumprirem suas funções ecológicas, também vão gerar alimento e renda para os agricultores.

"Estão previstos cursos, oficinas e fóruns de discussões com a temática socioambiental. Além disso, a população poderá interagir por meio do site e redes sociais do projeto", declarou Silva.

A expectativa é a de criação de uma rede, comprometida com a transformação socioambiental, que traga à tona o papel e a importância de sistemas agroecológicos e da cultura caipira como mobilizadores de envolvimento e união de toda a comunidade.

Os interessados em acompanhar o projeto, podem visualizar o desenvolvimento pelo Facebook e no Instagram @corredorcaipira (Com informações do G1 Piracicaba e Região).

 

Corredor Caipira em números

45 hectares recuperados;

Mais de 90 mil mudas serão plantadas ao longo do projeto;

5 municípios serão impactados com atividades do projeto;

13 municípios serão beneficiados indiretamente;

120 participantes diretos;

Mais de 15 profissionais envolvidos.

As espécies previstas no planejamento são:

Angico-branco; Araribá-rosa; Cedro-rosa; Copaíba; Guanandi; Guarantã; Guaritá; Ipê-felpudo; Ipê-roxo; Jacarandá-paulista; Jaracatiá; Jatobá; Jequitibá rosa; Juçara; Louro-pardo; Pau-marfim; Peroba-rosa; Sucupira-branca; Mutambo; Canifístula; Baru; Breu; Cabreúva; Canela-batalha; Jequitibá-branco; Peroba-branca e Turumã.

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