Cinco anos após a morte da jovem Dominique de Oliveira Machado, ocorrida em março de 2013, o principal suspeito de ter cometido o crime irá a Júri Popular no dia 19 de junho, no Fórum de Avaré. D.N. tinha 21 anos na época e foi visto na noite do crime em companhia da jovem Dominique, no recinto de festas da cidade de Arandu, onde ocorria a tradicional Expomaar.

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré, encarregada do caso, apurou durante o inquérito que Dominique saiu da cidade rumo a Arandu na companhia de dois amigos, na noite de 16 de março de 2013. Os amigos da vítima seriam D.N., o principal suspeito, e C.E.B., que hoje é a principal testemunha de acusação no caso.

O corpo de Dominique foi encontrado nove dias após o seu desaparecimento, em uma vala localizada em um terreno próximo ao Aeroporto de Avaré. O avançado estado de decomposição do corpo da jovem foi o primeiro obstáculo da polícia, que não possuía indícios para afirmar se Dominique havia ou não sido abusada sexualmente.

Dois anos após o início das investigações, em setembro de 2015, a DIG comunicou a prisão de dois supostos envolvidos na morte de Dominique.

INTIMIDAÇÃO

Os dois rapazes que estiveram com Dominique no dia do seu desaparecimento, de acordo com a DIG, eram os principais suspeitos. O delegado responsável pelas investigações, Rubens César Garcia Jorge, afirmou na época da prisão, em 2015, que “a história contada pelos dois, de que a vítima teria decidido ir sozinha e a pé para casa, era muita estranha. Houve muitas dificuldades nas investigações porque não houve testemunhas e nem provas materiais como imagens de câmeras de segurança”.

Em reportagens veiculadas na imprensa em 2015, como no G1 de Itapetininga, o principal suspeito (D.N.) conseguiu adiar a prisão por dois anos porque, segundo a Polícia Civil, manipulou um amigo (C.E.B.), que sabia da morte, a dar falso testemunho. O suspeito negou a autoria, mas o amigo que teria mentido durante as investigações acabou confessando tudo. Ambos foram presos na época.

JÚRI POPULAR

O Jornal A Comarca, edição desta semana, traz a notícia de que o julgamento do principal suspeito da morte de Dominque, D.N., está marcado para o próximo dia 19 de junho. Ele vai a Júri Popular e seu advogado de defesa, Marcos Barbosa, que está à frente do caso desde 2015, disse que acredita na inocência do seu cliente. “Não há provas no processo para firmar uma condenação”.

Já a promotoria de acusação vai insistir em crime de homicídio e ocultação de cadáver contra D.N., que se condenado poderá pegar até 30 anos de prisão. Ele tem ainda passagens por furto.

O amigo C.E.B., que estava na companhia da vítima e do principal suspeito, foi preso na época e liberado alguns dias depois. Hoje é a principal testemunha de acusação contra D.N.