Presídios de Avaré e região inscrevem 751 presos na Olimpíada de Matemática
legenda: Em toda área noroeste, foram 3.804 inscritos, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano passado
Fonte da Foto: Assessoria CRNOs presídios subordinados à Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) inscreveram 3.804 reeducandos na 17ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O número representa um aumento de 15% na quantidade de inscritos esse ano em relação a 2021, quando 3.306 presos estavam aptos a disputarem a maior competição científica do país. Em Avaré e região, 751 presos de nove unidades foram inscritos no exame (veja quadro abaixo).
Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, a SAP e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olímpiada de Matemática. Detentos que não possuem formação escolar podem, inclusive, concluir os estudos enquanto cumprem pena.
Isso é possível graças às escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e do Ensino Superior.
DUAS FASES
A Olimpíada é dividida em duas fases. A primeira etapa, em que os participantes fazem uma prova objetiva de 20 questões, ocorrerá em 7 de junho. A lista de aprovados será divulgada em 2 de agosto. Composta por uma prova discursiva e seis perguntas, a segunda fase da Obmep está agendada para o dia 8 de outubro.
As avaliações são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). Os estudantes que se destacarem no torneio são premiados com medalhas de ouro, prata e bronze, conforme a classificação. Há, ainda, menções honrosas que são concedidas a milhares de participantes da disputa nacional.
DESTAQUES
Realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do estado. A SAP, inclusive, tem histórico positivo na Olimpíada.
Na edição de 2017, um presidiário colombiano, que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí, faturou a medalha de ouro. Ele foi o primeiro preso na história do torneio a levar o prêmio máximo. Em 2018, dois detentos conseguiram prata e bronze. Já em 2019, outro preso da Penitenciária de Itaí, de origem francesa, foi condecorado com a insígnia de bronze.