Relatados por moradores e parlamentares da oposição, os problemas com a Saúde Pública de Avaré parecem estar distantes de uma solução efetiva. É o que diz a vereadora Marialva Biazon, que denunciou falta de profissionais da saúde no Pronto Socorro, fato que, segundo ela, tem prejudicado o atendimento dos pacientes que recorrem ao local em situações de emergência. 

Durante sessão ordinária ocorrida nesta segunda-feira, 6, a tucana reproduziu o relato de uma moradora, que levou seu filho com fortes dores abdominais ao Pronto Socorro. 

Segundo ela, a criança precisou ser submetida a uma lavagem intestinal, cujo procedimento demorou mais de 5 horas para ser realizado. “A pergunta que eu faço aos senhores é por que isso aconteceu? Não é falta de responsabilidade dos enfermeiros, sabe o que está acontecendo? Falta funcionários e a população que está lá está sendo penalizada”.

Marialva ainda salienta que além da saúde, o déficit de servidores atinge outros setores prioritários do município, que não deveriam ser prejudicados pela falta de atendimento. “Essa situação não ocorre por ineficiência dos funcionários, mas porque eles estão trabalhando sem condições adequadas, sem material adequado, em uma jornada de trabalho estrangulada, tendo a maior dificuldade de desenvolver o seu papel ali no Pronto Socorro”.

QUESTIONAMENTOS - Em requerimento destinado à Prefeitura, a vereadora questiona a quantidade de funcionários efetivados no começo da gestão em comparação com a quantidade de funcionários ativos atualmente. “Precisamos saber quantas pessoas há trabalhando nessas repartições e como está sendo resolvida essa situação. Sabemos que há funcionários de licença, pessoas que foram transferidas... O Pronto Socorro está passando por uma situação lastimável. Fica minha total indignação com o que essa criança e o que essa mãe passaram”, finaliza.

OUTRO LADO - Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde informou que as pendências já estão sendo resolvidas com a convocação de aprovados em Concurso Público para suprir as vagas em aberto devido, muitas das quais por causa de aposentadorias e demissões de servidores do Pronto Socorro.

Fonte: Jornal A Comarca