Mãe e filha escapam ilesas de grave acidente
legenda: Acidente aconteceu no final de abril, quando mãe e filha voltavam de Avaré para São Paulo
Fonte da Foto: Arquivo Pessoal/Genai LatorreNo final de abril, a fisioterapeuta avareense Genai Latorre, 37, diz ter renascido. Ela e a filha Luise, 3 anos, voltavam de Avaré para a capital paulista após uma visita aos pais de Genai quando sofreram um grave acidente de carro.
A mãe fraturou a costela e sofreu escoriações, já a menina teve uma fratura exposta no pé e chegou a perder dois dedos do pé direito. Passado o susto, Genai publicou as fotos do acidente nas redes sociais, com um alerta: "não deixem de usar a cadeirinha!".
Em depoimento exclusivo à CRESCER, ela conta mais sobre o ocorrido: "No último dia 30 de abril, voltava da casa de meus pais em Avaré para São Paulo, com minha filha. Eu e ela conversámos tranquilamente. Eu estava a, no máximo, 80 km por hora, com as duas mãos no volante e não havia ninguém na minha frente. Perdi o controle, sem explicação, capotei e bati no guardrail. O carro tombou de cabeça para baixo, no meio da estrada. Saímos pelo vidro da frente e corremos para o acostamento. Dois carros que estavam próximos pararam na hora e nos socorreram", conta Genai.
"Entre eles havia um médico, que examinou minha filha de imediato e envolveu o pé dela em uma toalha. Cerca de dez minutos depois, o resgate chegou e nos levou a um hospital da região. Um ortopedista examinou a minha filha e disse que ela deveria ser submetida a uma cirurgia. Aguardamos algumas horas porque ela havia acabado de mamar e, nesse intervalo, ela fez todos os exames. A operação durou uma hora e meia. No final, o médico me contou que ela havia perdido a ponta de dois dedos no acidente. Eu sofri uma fratura de costela e escoriações apenas.Tivemos alta no dia seguinte", disse.
Ela confessa já ter andando com a filha sem estar na cadeirinha ou sem estar presa da forma correta. "Mas no dia do acidente, ela estava presa adequadamente. O que com certeza foi fundamental para que algo pior não tivesse acontecido. Fica meu alerta: não deixem de usar a cadeirinha! Prendam da forma correta! Mesmo que seja para ir a um lugar perto ou que seja rapidinho... achamos que nunca vai acontecer conosco, mas acontece".
Ela diz ainda que "a recuperação tem sido um pouco dolorosa, mas graças a Deus estamos evoluindo bem. Às vezes, é como se passasse um filme na minha cabeça sobre tudo o que aconteceu. Tem sido difícil a parte de não caminhar, porque minha filha não entende muito bem ainda o que passamos. Sabe apenas que sofremos um acidente e até conta isso às pessoas. No começo ela chorava de dor, agora chora porque não pode colocar o pé no chão. Sinto um misto de alegria e tristeza. Poderia ter acontecido algo pior, eu sei, mas fico mal por ver as dificuldades que ela está vivendo agora. Mas sei que essa fase ruim vai passar. Ela não terá sequelas, os tendões estão preservados. É apenas uma questão de estética mesmo. As cicatrizes, acredito, vão servir para nos lembrar do quanto Deus é bom e do quão fortes somos! Para a Luise, vou contar que essa data marca o dia em que o Anjinho da Guarda veio cuidar dela e da mamãe com carinho. Sou grata por ter a minha filha aqui comigo hoje, apesar de tudo."
Por Malu Echeverria/revistacrescer.globo.com