Faleceu em SC a Irmã Elvira Bona, ex-diretora da Apae de Avaré
legenda: Freira atuou por mais de 50 anos em várias obras sociais da cidade
Fonte da Foto: Arquivo Gesiel JrMorreu no último dia 19, aos 86 anos, em Joinville (SC), onde hoje vivia com seus familiares, a Irmã Elvira Brígida Bona, religiosa que pertenceu à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e que por mais de meio século dedicou-se às obras assistenciais de Avaré, principalmente trabalhando e tomando parte da diretoria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
Catarinense nascida em 8 de outubro de 1937 no município de Benedito Novo, microrregião de Blumenau, Elvira era filha de Marcelina Bona e de Ângelo Bona, imigrantes italianos. Aos 15 anos, ingressou na escola de Nova Trento, mantida pela congregação fundada por Santa Paulina. Fez seus estudos no Colégio Sagrada Família, em São Paulo, e no Ginásio Estadual de Promissão (SP). Também estudou no Externato São José, em Avaré, para onde se mudou em meados dos anos 1950.
Fez sua profissão como freira em Avaré, em 1961. No ano seguinte, iniciou o curso técnico de análises clínicas no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, capacitação que a trouxe de volta para atuar no setor da Santa Casa de Misericórdia, a convite do médico Paulo de Araújo Novaes. Permaneceu trabalhando na área de exames laboratoriais desse hospital por 23 anos.
Simultaneamente, Irmã Elvira foi catequista de crianças e jovens das comunidades de Arandu, Barra Grande, São Judas Tadeu e São Pedro. Também ajudou na formação espiritual dos internos da Instituição Vera Cruz e ajudou na manutenção e no atendimento do Ambulatório São Vicente de Paulo.
Por motivos familiares (cuidados com o pai idoso e doente em Santa Catarina), a religiosa pediu seu desligamento das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e ingressou no Instituto das Servas de Jesus Sacerdote, de Ribeirão Preto.
Convidada pelos dirigentes da APAE, Irmã Elvira assumiu em 1986 a diretoria administrativa da instituição, tendo cooperado por mais de três décadas nos serviços de atendimento a pessoas portadoras de deficiências. Na mesma época participou da Sociedade de São Vicente de Paulo, da Família Madre Paulina (Famapa), da diretoria do Lar São Nicolau e foi coordenadora do Educandário Santa Maria, onde conviveu com meninas sem família, orientando-as na vida em comum, com noções de ordem e de higiene, bem como na instrução espiritual.
Em 2018, em reconhecimento pelos seus serviços comunitários, Irmã Elvira foi contemplada com o “Prêmio Milton Silva”, oferecido pela Associação Regional dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (AREA) de Avaré.
Texto de Gesiel Júnior