A conta de água dos clientes da Sabesp, em São Paulo, fica 9,56% mais cara a partir desta quarta-feira (10/5).

O reajuste foi autorizado em abril pela Arsesp, a agência reguladora do setor, e abrange a maioria dos cerca de 28 milhões de consumidores na capital, região metropolitana, interior e litoral.

Com o aumento, a tarifa residencial básica de água e esgoto, para quem consome até 10 m³ por mês, subirá de R$ 65,44 para R$ 71,70.

Para o consumo a partir de 11 m³ até 20 m³, o valor do metro cúbico sobe de R$ 5,13 para R$ 5,62. Ou seja, quem consumir 15 m³ no mês pagará R$ 99,80. Antes, essa conta seria de R$ 91,09.

Já a tarifa comercial básica (até 10 m³), passará para R$ 143,96 a partir de quarta-feira, ante o valor de R$ 131,40 cobrado até o início deste mês.

O índice de reajuste foi definido com base na inflação, fator de eficiência, índice de qualidade, revisão tarifária e ajuste compensatório.

Considerada a “joia da coroa” do plano de privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), a Sabesp registrou aumento de 35% em seu lucro líquido no ano passado, chegando a R$ 3,1 bilhões.

Em abril, o governo Tarcísio contratou uma consultoria internacional para realizar os estudos que vão embasar a privatização da Sabesp. O governador prometeu desistir do plano caso o estudo demonstra que a privatização irá encarecer ainda mais a conta de água.

O objetivo da medida é antecipar de 2032 para 2028 a universalização do tratamento de água e da coleta de esgoto em todo o estado.