Cientista de Avaré publica artigo que ajuda a combater a obesidade e diabetes
legenda: Pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de pacientes com síndrome metabólica que aumenta o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabete
Fonte da Foto: Arquivo PessoalReduzir o consumo de proteínas pode ajudar a controlar a síndrome metabólica e alguns de seus principais sintomas, como obesidade, diabete e hipertensão. Foi o que mostrou um estudo feito por pesquisadores brasileiros e dinamarqueses com o objetivo de comparar os efeitos das dietas com restrição proteica e calórica em seres humanos. Os resultados foram publicados na revista Nutrients.
“Para quem não sabe, a síndrome metabólica é um conjunto de condições – entre elas hipertensão, nível elevado de açúcar no sangue, acúmulo de gordura em torno da cintura e colesterol alto – que aumenta o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes”, alerta o doutor avareense Rafael Ferraz Bannitz.
Segundo ele, o estudo mostrou que diminuir o consumo de proteínas para 0,8 grama por quilo de peso corporal foi suficiente para atingir quase os mesmos resultados clínicos de uma dieta com restrição calórica, mas sem a necessidade de reduzir as calorias ingeridas.
“Os resultados sugerem a possibilidade de a restrição proteica ser um dos principais fatores que levam aos efeitos conhecidamente benéficos da restrição alimentar. Com isso, a dieta de restrição de proteínas pode ser uma estratégia nutricional mais atrativa e relativamente mais simples de ser seguida por indivíduos com síndrome metabólica”, afirma Rafael que é doutor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMR-USP) e primeiro autor do artigo.
O estudo foi financiado pela Fapesp por meio da bolsa de doutorado de Ferraz-Bannitz e de um Projeto Temático coordenador pelo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcelo Mori, cujo objetivo é minimizar, por meio de diferentes estratégias, os efeitos da restrição calórica. A investigação envolveu uma equipe multidisciplinar e internacional com cientistas da USP, da Universidade de Copenhagen (Dinamarca), do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Unicamp.
O avareense Rafael Ferraz Bannitz é filho de Maria de Lourdes Ferraz e Adalberto Almeida Bannitz. Cresceu e estudou em Avaré até concluir o ensino médio. É graduado em Biomedicina pela Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Mestre em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina-UNIFESP e Doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP/Harvard Medical School. Atualmente é Cientista associado na Harvard Medical School/Joslin Diabetes Center.
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