Casas do Jardim Europa II sofrem ameaça da crescente erosão pluvial

Casas do Jardim Europa II sofrem ameaça da crescente erosão pluvial

legenda: Moradores estão preocupados com o risco das voçorocas destruírem seus imóveis

Fonte da Foto: Reprodução Green Drone

O problema não é recente, mas com o passar do tempo, a falta de obras preventivas e o aumento do índice pluviométrico está se agravando no Jardim Europa II, onde a erosão pluvial está avançando para a área urbana e já põe em risco muitas moradias.

Imagens panorâmicas produzidas recentemente através de drone comprovam o aumento da erosão nessa importante região urbana. O risco se vê no cruzamento das ruas Florença e Zurique, em áreas em declive no Jardim Europa II.

Parte da rede elétrica já foi atingida pelas áreas erodidas e um poste já foi engolido. Isso deixou uma residência sem luz e a situação pode se agravar porque os vizinhos temem que o problema possa afetá-los se nada for feito com urgência.

“Estamos assustados, pois é uma ameaça real e podemos ter nossas casas engolidas por tanta terra erodida”, declarou um morador que já levou o caso ao conhecimento dos vereadores. “Aguardamos providências imediatas das autoridades”, admitiram. 

Provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva, a erosão é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A primeira ação da chuva se dá através do impacto das gotas d'água sobre o solo.

A área mais comprometida pela erosão integra o Parque Ecológico Therezinha Teixeira de Freitas. O problema se agravou no local por falta de planejamento urbano a partir da terraplanagem de áreas próximas que hoje formam as casas populares do Bairro do Camargo.

Voçorocas

De acordo com especialistas, o que ocorre na área é um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos de erosão, chamados popularmente de voçorocas, causados pela água da chuva e intempéries em solos onde a vegetação não protege mais o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas. A voçoroca torna o solo pobre, seco, quimicamente morto e nada fecundo.

De acordo com o gerente da Cetesb Márcio Gomes, a Prefeitura deve buscar uma solução para que o problema não chegue até as casas. “Em uma erosão, se nada for feito, ela só aumenta, vai levando o solo e pode causar risco à população. A Prefeitura tem que buscar soluções emergências para resolver esse problema”, aponta.

Segundo a aposentada Cacilda Aparecida de Abreu, já foi protocolado na Prefeitura um pedido para a contenção da erosão, porém até agora nenhuma providência foi tomada. “Da janela de casa da para ver a cratera, que está cada vez maior. Tem dias que preciso até tomar um chá para me acalmar, principalmente quando chove, pois é só chover que o buraco aumenta”, conta.

No vídeo divulgado nas redes sociais pela Green Drone, a área mais atingida pela erosão em Avaré pode ser vista do alto:

https://www.facebook.com/greendroneavare/videos/2000147610254807/

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