A falta de ônibus na linha que atende o bairro Terras de São José, em Avaré, está gerando uma série de reclamações entre moradores, estudantes e trabalhadores. A situação é especialmente crítica no horário das 6h, quando o único ônibus disponível parte entre 6h15 e 6h20, chegando à Concha Acústica apenas às 7h40.

A vereadora Carla Flores, atenta aos problemas enfrentados pela comunidade, apresentou um requerimento ao prefeito Joselyr Benedito Costa Silvestre e à empresa concessionária do serviço de transporte público. No documento, ela destaca o sofrimento diário dos passageiros, que incluem crianças e jovens que estudam em escolas como a Pan (Industrial), além de trabalhadores que precisam iniciar suas atividades às 8h.

“Os ônibus estão frequentemente lotados, e muitos passageiros precisam viajar em pé, sem ter onde se segurar, o que é um risco enorme à segurança de todos. Não há fiscalização adequada e a qualidade do serviço está muito aquém do esperado”, afirmou a vereadora.

A legislação brasileira é clara quanto ao direito ao transporte público de qualidade. A Constituição Federal assegura o transporte como um direito social (Art. 6º) e atribui aos municípios a responsabilidade pela organização e prestação dos serviços públicos de interesse local (Art. 30, inciso V). Além disso, a Lei nº 12.587/2012, que define a Política Nacional de Mobilidade Urbana, estabelece que os serviços de transporte público devem garantir segurança e atender adequadamente às necessidades da população.

No requerimento, a vereadora Carla Flores solicita:

1. O aumento da frota de ônibus no horário das 6h para atender a demanda do bairro Terras de São José.

2. A realização de uma fiscalização rigorosa para garantir a segurança e qualidade dos ônibus.

3. O planejamento de rotas e horários que contemplem as necessidades dos usuários.

A comunidade espera que as autoridades municipais e a empresa concessionária tomem providências urgentes para resolver a situação. “Não podemos continuar assim. Precisamos de um transporte público digno e seguro”, desabafa um morador.

Enquanto aguardam uma solução, os moradores do Terras de São José continuam enfrentando longas viagens em ônibus superlotados, na esperança de que suas vozes sejam ouvidas e que as mudanças necessárias sejam implementadas.

Da Assessoria