Câmeras flagram padre roubando perfume em loja de roupas
PIRAJU
No dia 23 de abril, o padre W.M., responsável pela Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Piraju, foi flagrado furtando um perfume numa loja de roupas. A ação foi registrada pelo circuito de monitoramento da empresa.
As imagens foram divugados somente na terça-feira, 30. O vídeo mostra o sacerdote apoiado no balcão do estabelecimento. Nesse momento, a vendedora, que está na frente dele, sai do local para atender uma mulher que está próximo à entrada da loja.
Rapidamente, o padre olha para a câmera, observa a vendedora e pega o perfume que está em cima do balcão. Ele analisa a embalagem e coloca o produto no lugar.
Na sequência, ele olha pra atrás, pega novamente o perfume e coloca o produto dentro da bermuda. O vídeo mostra a vendedora retornando ao balcão sem desconfiar da atitude dele.
Depois de pegar o perfume, W. foi até sua casa. Na sequência, a proprietária da loja procurou o pai do sacerdote para relatar o ocorrido. O padre entregou o perfume e o valor correspondente ao produto: R$ 120,00. O caso não foi registrado na Polícia Civil.
Assim que recebeu o vídeo, a reportagem da Eduvale FM procurou o sacerdote. W. aceitou gravar entrevista para esclarecer o caso. Ele disse que praticou a ação porque, assim que entrou na loja, foi tomado de pensamentos suicidas. “Eu pensei que, uma vez preso, não iriam deixar me matar e deixar ninguém chegar perto de mim”, conta.
“Não foi um furto porque não tive a intenção de prejudicar a vítima e também não tive a intenção de tirar proveito disso. Eu tenho um monte de perfume. Não preciso disso. Parece que, se eu saísse dali, eu ia me matar ou alguém ia me matar.”
Aos 33 anos, W. sofre de depressão e síndrome do pânico. No momento, o padre não está consumindo antidepressivos por conta de uma decisão própria, motivada pelo entendimento de que o remédio poderia comprometer uma cirurgia que ele fará para retirada de nódulos no fígado. O sacerdote disse que, logo após se afastar desses medicamentos, passou a ser perseguido pela ideia de se matar ou de ser morto por alguém.
Com informações de Diego dos Reis de Oliveira