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Jornal O Victoriano de Avaré - Avaré registrou apenas 25 casos confirmados de dengue em 2021

Avaré registrou apenas 25 casos confirmados de dengue em 2021

Avaré registrou apenas 25 casos confirmados de dengue em 2021

legenda: Autoridades afirmam que municípios que não estão em situação endêmica também devem ficar atentos e agir contra o mosquito

Fonte da Foto: Internet - Ilustrativa

Apesar da explosão de casos de Covid-19 em Avaré logo nesses primeiros 40 dias de 2022, bem como incontáveis casos de síndromes respiratórias (gripe e resfriado) que estão se misturando à pandemia do coronavírus, a cidade continua tranquila com relação à dengue.

Enquanto cidades da região registraram números altos da doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti, como é o caso de Itapetininga (mais de 1,6 mil casos em 2021), Avaré segue num patamar de incidência considerado baixo. Foram apenas 25 casos confirmados diante de 71 notificações feitas pela Vigilância Epidemiológica, dos quais 24 foram autóctones (contraídos na própria cidade) e somente 1 caso importado.

Atualmente, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios brasileiros. O dado é da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde. No entanto, segundo o coordenador-geral da pasta, Cassio Peterka, os demais municípios do país que não estão em situação endêmica também devem ficar atentos e agir contra o mosquito.

“Hoje, mais de 70% dos casos de dengue se concentram em menos de 200 municípios do país, mas não quer dizer que os outros restantes para completar 5.570 municípios não devam ter ações. Quase todos os municípios do Brasil têm transmissão de dengue, zika ou chikungunya, ou das três concomitantemente.”

Segundo Cassio Peterka, o vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, tem um potencial de distribuição geográfica muito grande e rápido. “Se a gente pegar regiões contíguas onde tem uma baixa transmissão, principalmente regiões metropolitanas, regiões vizinhas, a gente vê essa expansão muito rápida. Porque tem o vetor. O vetor estando presente, isso faz com que tenha uma maior transmissão e as pessoas infectadas transitam por essas regiões”.

A transmissão das arboviroses acontece pela picada da fêmea do Aedes aegypti infectada pelo vírus. “É preciso ter uma fêmea que fez a alimentação em uma pessoa infectada. Ela pega o vírus, se infecta, e assim ela vai estar apta - depois de um período de incubação dentro da fêmea do mosquito Aedes aegypti - em transmitir para outras pessoas”, explica. 

Monitoramento

Cassio Peterka destaca duas metodologias importantíssimas para o levantamento da proliferação do mosquito no país: o LIRAa ou LIA (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti). A diferença entre eles é que o LIRAa é direcionado para municípios de maior porte populacional e o LIA para menores.

A recomendação da pasta é que os municípios façam o levantamento a cada dois meses, mas a cobrança é feita quatro vezes ao ano.

“A importância desse levantamento entomológico é que ele nos dá um risco sobre o encontro de larvas e quais os recipientes principais. Por exemplo, existem regiões onde eu tenho uma predominância de criadouros como cisternas, caixas d'água, tanto as de rotina como de armazenamento de água por conta de uma falta de abastecimento. Então a gente tem esses instrumentos de levantamento entomológicos para nos direcionar.”

Com informações da Agência Brasil 61

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