AVARÉ

Felizmente até o momento, nenhum caso grave foi registrado em Avaré envolvendo ataque de animais peçonhentos dentro de residências. Entretanto, o aparecimento de escorpiões, cobras e aranhas tem sido frequente nas redes sociais, com internautas postando fotos de animais peçonhentos aparecendo em quintais e interiores de casas.

No início da semana, um morador entrou em contato com a redação do Jornal A Comarca para informar o aparecimento de uma cobra dentro da sua residência, localizada na Rua Ernesto Vendramini, no Parque Industrial Jurumirim (imediações da antiga Ceagesp). Uma cobra da espécie conhecida como “falsa coral”, foi apreendida pelo morador Joel Pereira dos Santos, que está preocupado com a situação e pede mais ação e informação por parte das autoridades sanitárias. 

O morador desconhece se a cobra encontrada no seu quintal é ou não uma coral verdadeira, e assim como seus vizinhos ele teme pela segurança das crianças que podem ser picadas a qualquer momento, seja por cobra, aranha ou escorpião. Para os moradores, faltam informações sobre os perigos oferecidos em ataques de animais peçonhentos, e como proceder diante de situações emergenciais. 

MULTAS – A Prefeitura de Avaré, através do setor de fiscalização, tem procurado notificar proprietários que possuem terrenos baldios em situação de abandono, com matos altos, e que geralmente são locais de onde saem diversos tipos de insetos e animais como baratas, pernilongos, moscas (aedes), escorpiões, aranhas, cobras entre outros.

No início do ano, a Prefeitura alertou proprietários de imóveis urbanos que poderia aplicar multa equivalente a 5% do valor venal nos casos em que for verificado estado de abandono em terrenos e quintais. A sanção está prevista na Lei Municipal 332/95 (alterada em 2017) e serve para desestimular que imóveis localizados na área urbana da cidade fiquem sem a correta manutenção. 

As notificações de multas já aplicadas têm sido veiculadas no Semanário Oficial do Município, e a listagem inclui ainda proprietários que não providenciaram construção de calçadas, muros, casos de sonorização envolvendo festas entre outros.

Falsa-coral (Erythrolamprus aesculapii) - Uma bióloga especialista em répteis entrou em contato com a redação e informou que a cobra da foto trata-se de uma falsa-coral. Amplamente distribuída no Brasil, a Erythrolamprus aesculapii é uma das 52 espécies de serpentes não peçonhentas que apresentam o padrão coralino ou então a cor vermelha em sua coloração e são chamadas de falsas-corais.

Muito comum em várias regiões do território brasileiro, os indivíduos apresentam atividade diurna e terrícola. Quando adultos, alimentam-se de outras cobras e, quando, predam pequenos lagartos.
Como forma de defesa, a falsa-coral pode achatar o corpo e enrodilhar a cauda (comportamento também realizado por corais-verdadeiras).

Não peçonhenta, a serpente não está envolvida com acidentes graves, mas ainda oferece risco ao humano. Portanto, em caso de ataques, é necessário recorrer a postos de atendimento para ser medicado com uma dose do soro específico. A quantidade é igual tanto para crianças quanto para adultos e o número de ampolas deve ser proporcional à gravidade do acidente.

Fonte: Jornal A Comarca