Animais silvestres são vistos com frequência em Avaré e cidades da região
legenda: Jiboia em pleno centro da cidade, na Rua Bahia, chamou a atenção de quem passava pelo local
Fonte da Foto: Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoEstá cada vez mais frequente a aparição de animais silvestres nas áreas urbanas de Avaré e cidades da região. Vários vídeos e imagens estão sendo postadas nas redes sociais na internet com as mais diversas espécies, como capivaras, tucanos, ouriços, raposas, jibóias, gambás, jacarés, tamanduá e até onça, que recentemente foi matéria jornalística de diversos canais de televisão, quando uma onça parda foi avistada correndo pelas ruas da cidade de Cerqueira César.
A redação do Jornal A Comarca conversou com o Sargento Monteiro, do Corpo de Bombeiros, que relatou a presença de diversas espécies vivendo em comum nas cidades. Na terça-feira, 08, em pleno centro de Avaré, na Rua Bahia, uma cobra da espécie jibóia chamou a atenção de quem passava pelo local. Sob orientação do Corpo de Bombeiros, via telefone, um popular capturou a cobra e depois a soltou em seu habitat natural.
"Os animais silvestres têm surgindo nas cidades em busca de restos de alimentos e rações de animais domésticos que vivem em geral nos quintais, além das consequências das atividades humanas, pois onde há lixo atraindo os ratos, também haverá o predador, sendo um deles a jiboia que se aproveita da grande quantidade de pequenos roedores nas cidades, mas bem escasso no meio rural, muito provavelmente pelas monoculturas agrícolas aliadas ao uso de agrotóxicos, que obrigam os animais silvestres a fugirem para cidade”, destacou Monteiro.
O sargento frisou também que é responsabilidade de toda a sociedade a preservação desses animais que em geral se movimentam e caçam seu alimento no período noturno e se escondem durante o dia temendo seu principal e devastador predador, o humano.
Segundo o Sargento Monteiro, espécies como ouriços, gambás (saruê), urubus e capivaras são mais frequentes em todas as cidades da região, mas há casos inusitados, como um veado campeiro que foi capturado em uma obra a 250 metros do Largo São João, praça situada no centro de Avaré e que foi solto pelos bombeiros em habitat natural, fora do perímetro urbano.
Descreveu ainda sobre a importância de solicitar o resgate apropriado através do Corpo de Bombeiros ou diretamente com a Polícia Militar Ambiental, onde os animais silvestres ou são soltos em biomas que permitam sua sobrevivência ou se estão feridos são encaminhados ao Cempas (Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu).
Outra preocupação relatada é com as abelhas, pois muitas vezes novas colméias se movimentam se estabelecendo momentaneamente em residências, mas que na verdade estão migrando para outras áreas, mas a população prefere o extermínio até mesmo de espécies que não têm ferrão, como as abelhas Jataí e Arapuá, dificultando a polinização de frutas e flores, além da extinção de espécies mais frágeis às ações humanas.
FONTE: Jornal A Comarca