Agricultores se reuniram com policiais na tarde desta sexta-feira (26) em Avaré (SP) depois de uma série de assaltos a propriedades rurais de cinco cidades da região, que resultaram em 11 tratores roubados em meses sem nenhuma prisão. A pauta foi ações de combate a quadrilhas que atacam áreas agrícolas. Além dos agricultores e das polícias Civil, Militar e Rodoviária, participaram sindicalistas e representantes de 17 prefeituras da região.

As cinco cidades onde foram registrados roubos de tratores são Itaí (SP), Paranapanema (SP), Taquarituba (SP), Itapeva (SP) e Coronel Macedo (SP). Em Itaí, duas usinas sofreram juntas aproximadamente R$ 1 milhão com o roubo de tratores e insumos agrícolas.

A Polícia Civil afirmou que os casos ocorridos entre o fim de 2016 e maio deste ano já estão sendo investigados e pertos de uma conclusão.

"Dentro de alguns dias serão cumpridos alguns mandados, cerca de sete, oito pessoas serão presas com envolvimento nessa quadrilha", disse o delegado seccional de Avaré, Jorge Cardoso de Oliveira.

Já a principal orientação da Polícia Militar foi que os donos de propriedades rurais registrem boletins de ocorrência para que um mapa da criminalidade possa ser traçado e assim intensificar o patrulhamento nas áreas em que os casos vêm acontecendo com mais frequência.

O coronel da Polícia Militar Antônio Valdir ressaltou ainda a importância de que quem vive ou trabalha na zona rural adote medidas que possam dificultar as ações dos bandidos.

“Por exemplo, os tratores e as máquinas devem providenciar uma forma de identificação bem segurança. Que fique pintada, ou mesmo uma chapa soldada dentro da máquina, indicando a que propriedade pertence, fazenda tal, telefone tal, município. De modo que a gente ao fazer uma abordagem de qualquer veículo que faça o transporte de qualquer máquina agrícola, a gente pode identificar o local e devolver ao proprietário do equipamento.”

O presidente sindicato rural de Itaí, Manuel Rami Garcia, pediu durante a reunião que haja patrulhamento em locais estratégicos na região. “O mais eficiente no momento, pelo tamanho da extensão territorial, é o monitoramento em pontos estratégicos nas rotas de fuga desse pessoal. Você conseguiria recuperar grande parte desse material roubado”, ressaltou.

FONTE: G1 ITAPETININGA